
Foto de Arquivo LA 5z471
O imbróglio envolvendo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) a cada semestre ganha um novo capítulo. De um ano para cá, foram travadas três vezes suas negociações junto ao TCE-RS. ado o pleito no Rio Grande do Sul que reelegeu pela primeira vez um governador em sua história, voltam-se as atenções novamente à privatização da entidade. Os fatos controversos que envolvem a Corsan são dos mais diversos. Desde o serviço que deixa a desejar, a conta cara. Apesar dos problemas enfrentados pela entidade, a Corsan encerrou o trimestre com lucro de R$ 300 milhões.
Com esses dados muitos porquês vem à tona: se tem dinheiro por que não tem investimentos? Por que não há melhora em efetivo ou novos concursos para melhorar os serviços? Estes detalhes nós vamos contar a você leitor e ouvinte, através desta reportagem que irá explicar quais serão os reflexos em caso de privatização e senão for privatizada, como ficará a entidade. De hoje até sexta-feira você vai acompanhar relatos de todas as partes com opiniões a favor e contra a privatização. Acompanhe!
Por que o serviço é deficitário??
Já faz alguns anos, que a Corsan não realiza concurso para melhorar seu atendimento, os funcionários que estão não conseguem atender as demandas. A regional da entidade que opera em Frederico Westphalen abrange municípios como Caiçara, Iraí e Vicente Dutra. Da mesma forma que o quadro de funcionários tem diminuído ao longo dos anos, as populações tem aumentado. Atualmente, a cidade frederiquense tem em média, 33 mil habitantes. Na contrapartida a população das cidades abrangidas pela Corsan de FW, o efetivo tem diminuindo. No momento a estação de FW, possuí 22 funcionários no seu quadro fixo. É o que ressalta o gestor da Unidade de Frederico Westphalen, Jean Carlos Machado, afirma que houvesse mais efetivo, o serviço seria melhor. “A gente não conseguir atender a demanda da população é muito por conta da falta de efetivo. A Corsan tem adotado algumas medidas, como hoje em dia, onde o serviço presencial é feito por uma empresa terceirizada que presta serviço aqui em Frederico Westphalen. Em outras cidades, por exemplo, o serviço de corte de abastecimento é feito por uma empresa terceirizada. Essa é a linha de istração. Ao invés de fazer concursos, a Corsan tem feito isso de terceirizar o serviço para desempenhar os serviços dentro da empresa” avaliou Jean Carlos Machado.
Jean Carlos Machado que a unidade frederiquense faz o possível para que o serviço seja entregue no menor tempo possível, mas esbarra na questão efetivo como forma de dar fluidez as demandas. “As pessoas nos cobram... ‘Ah porque vocês não aram aqui em casa, tem água vazando há mais de uma semana aqui na minha rua’. Não é que a gente não queira, é que às vezes, acabamos dando mais prioridade para vazamentos maiores. A falta de pessoal prejudica o nosso trabalho. Nosso efeito está diminuído nos últimos anos, em contrapartida, a população tem crescido. Por conta disso, é normal que os serviços atrasem”, disse.
Falta de profissionais = demora no atendimento
Após a reeleição de Eduardo Leite (PSDB) e ado o período eleitoral, a privatização da Corsan voltou a pauta do governo estadual. A meta do governo Leite é pelo menos encaminhar é privatizar a companhia até o final deste ano e que pode ter desbordamentos até o dia 30 de novembro. A ideia central é leiloar 100% dos direitos da Corsan que é de propriedade do estado, e municípios que firmaram termo aditivo, e optaram por aliená-las no processo de desestatização. Esse conjunto representa o montante de 99,54% da base acionária da companhia. O valor mínimo da alienação será de cerca de R$ 4,1 bilhões e o critério de julgamento será a maior proposta global. Na segunda parte desta reportagem, que será publicada nesta terça-feira, 22, o tema central será o reflexo caso a Corsan seja privatizada. Explicada, através do viés de funcionários de carreira da entidade.
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