Os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STR) da região orientam os associados sobre as investigações referentes aos descontos indevidos identificados pelo INSS. Em entrevista com Complexo Luz e Alegria, os presidentes Amarildo Manfio, do sindicato de Frederico Westphalen, e Valdecir Berlatto, do sindicato de Planalto e coordenador da ASTRAMAU, explicaram a atuação das entidades e reforçaram a legalidade e a transparência dos serviços prestados aos associados. 3i6l6q

Amarildo destacou que o sindicato possui uma história de décadas, com uma estrutura que oferece inúmeros benefícios aos associados. Desde atendimento médico e odontológico até assessoria para aposentadoria e declarações, o STR sempre atuou com base na legalidade e em convênios firmados dentro dos devidos processos legais.

Segundo ele, o associado tem consciência do serviço prestado e autorizou sua associação por livre vontade: “Ninguém foi obrigado. O agricultor veio até nós porque sabia da importância do sindicato”, enfatizou.

O presidente do STR de Planalto, Valdecir Berlatto, reforçou que o movimento sindical, formado pela base municipal, federações estaduais e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) em nível nacional, já vinha denunciando irregularidades desde 2021. Segundo ele, ofícios e dossiês foram enviados ao INSS, mas muitas vezes ignorados. Agora, com as investigações em andamento, ele defende que tudo seja apurado com seriedade.

Nesse contexto, inclusive, Berlatto, presidente do STR de Planalto, esclarece que o sindicato já contribuiu no cancelamento de centenas de descontos irregulares:

– Fizemos mais de 300 cancelamentos de descontos indevidos só em Planalto. Muitos agricultores foram lesados por entidades que não têm sede, não têm estrutura e não prestam os serviços que nós prestamos, alertou Berlatto.

Os presidentes das entidades ressaltaram também que os sindicatos têm estrutura física, diretorias legalmente eleitas e atuam conforme as normas. Os descontos autorizados em folha são regidos por lei e visam manter o funcionamento dessas estruturas, que prestam serviços e oferecem benefícios ao agricultor.

Um exemplo dessa atuação é o auxílio prestado aos agricultores com as novas exigências da Nota Fiscal Eletrônica. Conforme Valdecir as equipes tiveram que ar por cursos de capacitação e a ajuda é prestada sem nenhum custo aos produtores. “Fazemos isso porque o agricultor é nosso associado e merece esse apoio”, complementou.

Outro ponto de atenção citado foi o uso de aplicativos e orientações quando ao o digital. Amarildo alertou que muitas vezes o INSS induz o segurado a resolver tudo pelo celular, mas nem sempre isso é seguro. “O ideal é procurar o sindicato. Estamos com as portas abertas para ajudar”, afirmou.

Ambos os presidentes reforçaram que o sindicato é apartidário e tem como missão defender os direitos dos trabalhadores rurais. Eles convidam tanto os associados quanto os não associados a procurarem o sindicato em caso de dúvidas ou problemas. Amarildo conclui afirmando que “é hora de nos ajudarmos; estamos aqui para orientar e proteger nossos agricultores”.

Matéria produzida pelo estagiário de Jornalismo da UFSM-FW, Fernando Guerra