Indiciado por feminicídio em Frederico Westphalen poderá cumprir pena de até 54 anos de prisão
Polícia Civil conclui inquérito sobre feminicídio de Ângela Stratmann, no interior do município
Publicado em 30/01/2025 às 10:02
Capa Indiciado por feminicídio em Frederico Westphalen poderá cumprir pena de até 54 anos de prisão

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o Inquérito Policial nº 73/2025/151626, que apurou o feminicídio de Ângela Stratmann, ocorrido em 16 de janeiro de 2025, na localidade de Linha Brondani, em Frederico Westphalen. O principal suspeito, Evandro do Amaral, foi indiciado por uma série de crimes, incluindo feminicídio, tortura, lesão corporal grave, fraude processual e desobediência. Se condenado, ele poderá cumprir penas que variam de 26 a 54 anos de reclusão. 96a2p

O inquérito foi presidido pelo Delegado de Polícia Jacson Oiliam Boni, que coordenou a investigação, que reuniu um vasto conjunto de provas. Laudos periciais, registros de violência doméstica anteriores, análise de conteúdo digital extraído do celular do suspeito, depoimentos testemunhais e imagens de videomonitoramento foram fundamentais para esclarecer o caso e apresentar um panorama detalhado dos fatos. A investigação revelou uma trajetória de violência contínua contra a vítima, com episódios anteriores de agressões e ameaças.

No dia do feminicídio, além de ser severamente torturada, Ângela foi forçada a gravar um vídeo se submetendo à agressão. As agressões físicas causaram uma hemorragia intracraniana, levando à morte da vítima. Após o crime, Evandro do Amaral tentou induzir testemunhas e autoridades ao erro, alegando que a morte teria sido resultado de um acidente automobilístico.

A investigação também trouxe à tona um episódio de violência ocorrido em dezembro de 2023, que até então não havia sido registrado pelas autoridades. Naquela ocasião, a vítima foi agredida com uma arma branca, resultando em uma internação de emergência na UTI, mas o fato não foi denunciado à polícia na época.

A Delegada Aline Dequi Palma, diretora da 14ª DPRI, destacou a importância da investigação detalhada para desvelar a extensão da violência sofrida pela vítima, revelando um contexto de agressões anteriores que ficaram ocultas até o desfecho trágico.

O Delegado Jacson Oiliam Boni afirmou que, desde a prisão preventiva de Evandro do Amaral, cumprida no estado de Santa Catarina, ele permanece sob custódia. O fechamento do inquérito reafirma o compromisso da Polícia Civil com o combate à violência contra a mulher e a busca incessante por justiça, além de reforçar a segurança da sociedade e a responsabilização de criminosos violentos.

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