
Foto de 14ª DPRI / Reprodução 1a5418
A Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, através da 14ª Delegacia de Polícia Regional do Interior do Estado (14ª DPRI), de Frederico Westphalen, concluiu a segunda fase da investigação relacionada ao homicídio brutal que ocorreu em 14 de agosto de 2024. Naquele dia, uma mulher de 41 anos, que prestava serviços comunitários na sede da Secretaria de Assistência Social, foi surpreendida e assassinada com vários disparos de arma de fogo, sendo a maioria dos tiros disparados pelas costas, o que eliminou qualquer chance de defesa por parte da vítima. O veículo utilizado pelos autores do crime foi incendiado logo após a execução, numa tentativa de eliminar as provas do ato criminoso.
As investigações apontaram a participação direta de seis indivíduos na execução do crime, na logística e no apoio à ação, todos vinculados a uma organização criminosa que atua na cidade. Entre os envolvidos, constam o mandante do crime, dois executores responsáveis pelos disparos, além de outros cúmplices que forneceram e logístico e monitoraram a vítima antes do ataque.
Na primeira fase da investigação, a polícia cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em diversos locais, resultando na prisão de quatro indivíduos suspeitos de estarem envolvidos no crime e na coleta de provas. Já na segunda fase, foram decretadas seis prisões preventivas; quatro dessas prisões se referem aos suspeitos que já haviam sido detidos temporariamente, enquanto as outras duas referem-se ao suposto mandante do crime, um ex-companheiro da vítima identificado como líder de uma organização criminosa na região, e a outro indivíduo suspeito de ter fornecido o veículo usado na execução do crime.
A decretação dessas prisões preventivas visa assegurar a ordem pública e prevenir novas ações criminosas por parte dos suspeitos. De acordo com as investigações, o crime foi motivado por questões pessoais, especialmente relacionadas ao histórico de relacionamento entre a vítima e o mandante, que não aceitava o novo envolvimento da ex-companheira com outro detento, relação que começou durante o período em que ambos cumpriram pena no sistema prisional. A investigação também revelou desentendimentos sobre a venda de um imóvel pertencente à vítima, sendo que ambos possuem um filho em comum.
Sobre o caso
Brigada Militar, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) foram acionados para atender a ocorrência de homicídio em Frederico Westphalen, registrada na tarde do dia 14. Informações preliminares indicam que a vítima, que tinha antecedentes criminais, foi atingida por três disparos de arma de fogo enquanto saía do trabalho na Assistência Social, em frente ao local. A operação da Polícia Civil, realizada na manhã do dia 16, resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão temporária e um de prisão preventiva em diferentes pontos do município, como parte das investigações em andamento.
O delegado titular de Frederico Westphalen, Jacson Oiliam Boni, conduziu uma coletiva de imprensa, acompanhada pela delegada regional Aline Dequi Palma, pelo Major Itamar Ferreira Walter, comandante do 37º BPM, e pelo Promotor de Justiça Thiago Luís Reinert, onde foram discutidos os resultados até o momento e as próximas ações das autoridades envolvidas. A Polícia Civil continua a trabalhar na conclusão do inquérito, que será enviado ao Poder Judiciário em breve, e reitera seu compromisso com o combate ao crime organizado e a elucidação de crimes graves.
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