Aumento nos casos de chikungunya acende alerta no Rio Grande do Sul
Carazinho enfrenta surto da doença e Estado reforça medidas de vigilância e prevenção
Publicado em 01/04/2025 às 17:00
Capa Aumento nos casos de chikungunya acende alerta no Rio Grande do Sul

Os números da dengue no Rio Grande do Sul em 2025 apresentam uma redução expressiva em comparação ao mesmo período do ano ado, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES). No entanto, o cenário ainda exige atenção, especialmente porque o pico da epidemia costuma ocorrer em abril. Por outro lado, os casos de chikungunya cresceram significativamente, o que levou as autoridades de saúde a emitirem um alerta epidemiológico. 3o2bd

Até este domingo, o Estado contabilizava 3.728 casos confirmados de dengue, sendo 3.342 autóctones (transmitidos dentro do próprio município). Para efeito de comparação, em 2024, no mesmo período, o RS registrava cerca de 72 mil casos. A taxa de incidência da doença também caiu drasticamente, de 135,71 casos por 100 mil habitantes no ano ado para 13,29 em 2025.

Aumento dos casos de chikungunya preocupa autoridades 69422o

Se a dengue apresenta números mais controlados, a chikungunya tem sido motivo de preocupação. O mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, continua ativo mesmo com a queda nas temperaturas, o que favorece a disseminação do vírus.

O município de Carazinho, no Norte do Estado, enfrenta um surto de chikungunya, com 40 casos confirmados – um número quatro vezes maior do que todos os registros da doença no RS em 2024. A Secretaria de Saúde local aguarda novos resultados de exames, o que pode aumentar ainda mais a estatística.

Além de Carazinho, outros dez municípios do Estado já confirmaram casos da doença. Na região da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Frederico Westphalen, Ametista do Sul teve um caso confirmado.

Alerta epidemiológico e medidas de prevenção 4864m

Diante do avanço da chikungunya, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforçou o alerta aos serviços de saúde, pedindo notificação imediata de casos suspeitos e intensificação das ações de prevenção. A orientação é para que municípios com casos suspeitos realizem coleta de amostras até o oitavo dia de sintomas e enviem ao Laboratório Central do RS (Lacen) para análise.

A população também pode ajudar na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, evitando o acúmulo de água parada em pneus, vasos de plantas, baldes, garrafas e piscinas sem uso.

A chikungunya apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta, dores de cabeça, musculares e articulares, com risco de evolução para dores crônicas. Profissionais de saúde devem estar atentos para diferenciar a doença de outras arboviroses, como dengue e zika, especialmente pelo potencial de complicações articulares.

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