
Foto de Rafa Neddermeyer/Agência Brasil 4z1w3l
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), anunciou nesta quarta-feira, 28, que o Estado está disposto a arcar com o custo fiscal da prorrogação das dívidas de produtores rurais, estimado em R$ 136 milhões.
O comunicado foi feito por meio das redes sociais, no momento em que cresce a pressão para que o governo federal autorize a rolagem dos débitos do setor agropecuário atingido por quatro safras frustradas seguidas devido a eventos climáticos extremos.
Leite afirmou ter enviado ofício ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) formalizando o compromisso financeiro do Estado. “Se é este o problema, o governo do Estado viabiliza esses R$ 136 milhões. Mas é fundamental que haja a aprovação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) desta prorrogação, para dar fôlego aos nossos produtores rurais”, declarou.
O governador mencionou conversas com lideranças do agronegócio e com a Farsul (Federação da Agricultura do RS), apontando que o entrave seria orçamentário por parte da União.
Governo federal promete resposta nesta quinta-feira 6411q
Quase ao mesmo tempo, o deputado federal Paulo Pimenta (PT), ex-ministro-chefe da Reconstrução do RS, informou em vídeo que a reunião do CMN está convocada para esta quinta-feira (29) e que a prorrogação será aprovada.
“Estou saindo de uma reunião com o ministro Carlos Fávaro (Agricultura), e, em contato com o ministro Fernando Haddad (Fazenda), quero informar que o CMN irá aprovar a prorrogação de todas as dívidas de custeio e investimento do Plano Safra para os agricultores e agricultoras do Rio Grande do Sul”, garantiu Pimenta.
A definição é aguardada com urgência. A data-limite estabelecida pelo ministro Fávaro para publicação da resolução do CMN é 30 de maio. Até esta quarta-feira, porém, o site oficial do CMN ainda não havia divulgado previsão de reunião antes do dia 25 de junho, o que gerava incertezas entre os produtores rurais.
Em nota, o Palácio Piratini informou que a divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre impôs um severo ajuste fiscal ao governo federal, o que dificultou a liberação dos recursos em tempo hábil.
A rolagem das dívidas é uma das principais reivindicações de agricultores gaúchos neste momento de reconstrução econômica após as enchentes e perdas consecutivas no campo.
Publicado por